quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Braga, 13 de Setembro de 2011

   Hoje, calcei as minhas sapatilhas de desporto, vesti uns calções e uma t-shirt, peguei os meus phones e saí para correr. Atravessei a feira no parque de exposições e cheguei ao Parque da Ponte. À medida que caminhava, o tom da música tornava-se cada vez mais forte e dentro de mim crescia uma vontade enorme de correr. Comecei a correr mas não aguentei mais que 10 minutos e pensei «Fogo, as férias fizeram-me mesmo mal, estou mesmo fora de forma». Parei, bebi um pouco de água e parei para fazer abdominais. Quando acabei, uma música suave e pensativa começou a tocar e nesse momento comecei a observar o lago.  Olhei para as gaivotas estacionadas na margem e pensei «não admira que estejam sempre paradas, esta água verde com aspecto de que não é mudada há mais de 100 anos não convida ninguém a dar um passeio.»
   Por aquela hora não era a única que andava pelo parque. Várias pessoas, em grupos ou sozinhas, estavam também por lá, uns a correr, outros a caminhar.
   E foi aí que reparei num casal fantástico e super carinhoso. Ambos deviam ter por volta dos 65 anos a julgar pelas rugas da idade e a curvatura do corpo. No entanto eram tão, mas tão carinhosos! Caminhavam de mão entrelaçada um no outro, estavam sempre a rir e de vez em quando a senhora beijava o senhor e notava-se ali uma enorme alegria, o que tornava aquela visão perfeita. Via-se ao longe que eram companheiros de uma longa vida e o que os unia ia muio mais além do que um mero amor carnal. Notava-se nos seus olhos o enorme respeito, a confiança e a amizade que tinham um pelo outro, aquele era sem dúvida alguma o final feliz deles.
   Comecei a pensar no quão sortudos eles eram. Nem todas as pessoas têm a sorte de poder encontrar alguém com quem partilhar o resto da vida e eles tiveram esse privilégio.
   Gostava , um dia, de encontrar um amor assim com tantas bases e tanto respeito como aquele!

escrito por: Tânia Ferreira

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